domingo, 6 de janeiro de 2008

Dia 10 - Harlem (II)

YMCA. Ainda não percebi muito bem esta paneleiragem do YMCA mas achei piada e fotografei o sítio.

Daqui a vista que se tem do Starbucks da Lenox St com a 125th. Áquela hora da manhã precisei de beber algo com café. Serviram-me uma granda Moka. Os starbucks são como as baratas, estão em todo o lado e há algo neles que cheira mal. Mas de vez em quando dão muito jeito. Só em meados da década de 90 é que os "franchises" de tudo e mais alguma coisa invadiram esta zona. As coisas que a wikipedia ensina...

Esta igreja é a Abyssinians Baptist Church. Fui lá para ouvir um Gospelzito matinal, diz que lá era bom. Quando lá cheguei já havia uma fila de turistas (racialmente segregada, há que dizer). Pensei logo que o caso estava mal parado, mas àquela hora deixei-me estar. E devo-vos dizer que valeu bem a pena. Não só foi bom ouvir o Gospel mas fiquei também a descobrir que esta igreja foi um polo de actividade política extremamente importante na história afro-americana. E tudo isso descobri na Missa. Sem saber fui à primeira missa do ano 2008, ano em que esta congregação celebra 200 anos. Está-se mesmo a ver que houve história e houve festa! Houve um reverendo com dom da palavra, estilo Martin Luther King + Samuel L. Jackson com uma pitada de humor. Podia-se rir naquela igreja, ouvia-se cantar naquela igreja e no final batiam-se palmas. E via-se que ali queriam ser todos um só, sem pretensiosismos. E que todos estavam (mais uma vez) juntos na tentativa de melhorar a comunidade onde se encontravam. Muita emoção, foi o que foi. Fui logo fresquinho para o resto da passeata, e recomendo vivamente. Se todos os líderes tivessem a retórica daquele reverendo o meu canal favorito era o do parlamento.

Por fim, e como estamos na América, deixo-vos com este Cadillac que fotografei em Harlem. Depois de vos falar de tanta luta dos negros de Harlem é irónico que o modelo deste carro seja Colonial Cadillac. E esta héin?

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Depois de Harlem fui para o Upper West Side, em direcção ao Museu de História Natural. Passei lá a tarde e foi uma experiência a repetir. Aquilo é tão grande que têem uma baleia azul pendurada do tecto numa das galerias. Não tirei fotos porque acabaram-se-me as pilhas. Tiro para a próxima Mas deixo-vos desde já com um segredo. Pode-se entrar apenas com um donativo (por exemplo, um dólar) no Museu. Isto disse-me um tipo americano que conheci na entrada do museu. Claro está que em nenhum lugar vinha anunciado isso, e o preçário que se mostrava era 13$ para adultos. Até no guia que comprei em Portugal apenas vinha este preço. E pelos vistos no Metropolitan Museum of Art também é assim, à base de donativo! Vai-se a ver é em tudo o que é Museu, e digo-vos desde já que me estou bem a marimbar, se puder pagar 25cents para entrar no MoMa, é mesmo isso que faço!!! Há que dobrar o sistema a nosso favor, principalmente na Capital do império.
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