quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Verdades Transatlânticas!

Para aqueles que ainda duvidam que o meu clube é o maior do mundo aqui está a prova em como estamos em todo o lado! Esta foto foi tirada ao pé do ferry para a Liberty Island. E até o E Pluribus Unum!! vem nas moedas de um quarter e nas notas de dólar!! Ah caramba, que orgulho!
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terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Só para dar uma côrzinha - Um mural em Coney Island




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Dia do mês depois - Um voo para a Liberdade!

Finalmente encontrei-me com a senhora. Apanhei o ferry (felizmente sem muitos turistas, imagino no Verão!!) e ala que se faz tarde para a ilha, mesmo à velha maneira de turista lambão. A emoção é grande por mais ou menos bimbo que se seja, ver a estátua verde dos filmes. Devo-vos dizer que a Liberdade tem as costas largas.

Ainda passei uns quantos minutos a tentar perceber para onde é que a Liberdade pousa a vista... Decerto é algum sítio simbólico, mas do fundo do meu astigmatismo só me vieram coisas desfocadas.

Ao fundo Manhattan. Não me canso de a ver, de todos os quadrantes. Só uma particularidade. Conseguem ver as diferenças, entre a "brochura" e a vida real? Zzzzzzzuuuumm PUMBA!

E aqui, conseguem ver o que falta nesta imagem? Precisam de pistas ou aterram lá sozinhos?

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E pronto. Happy Days...
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Dia do mês depois - Coney Island, what else!

Satisfeito com Brooklyn mais a sua ponte e a vista pra Manhattan, com um dos melhores chocolates quentes que já enfiei no bucho levei-me onde a minha consciência me pedia. Coney Island, mítica terra de maravilhas e gente estranha.

Chegado lá, era o que previra. Estava fechado, abandonado, e guardado. Certas zonas vão ser deitadas a baixo para fazer surgir uma zona de entertenimento como deve ser, mais moderna e boa para o family time. A somar a isso, é Inverno, a roda gigante está com gripe, e há apenas aberto uma espécie de museu, onde não me apeteceu entrar, apenas para ver banha de cobra. Quando lá voltar, talvez... Mas há esperança, consta que a cada Verão as bestas saem da toca, des-hibernam-se e a ladainha encantada toca uma vez mais...http://www.coneyisland.com/

No entanto a coisa mantinha um certo charme de desterro. Nostalgia e frio, o que há de melhor... Ainda houve tempo para avistar um último freak doido, saído da sua jaula, estilo besta sanguinária.

Acabei a manhã na praia, a percorrer o calçadão, juntamente com mais uns quanto velhotes. Sim, para quem não sabe, Coney Island é uma praia, lugar de veraneio de gente doida (estilo Quarteira, mas em melhor). Não sei se já pensaram nisso, mas deste lado do Atlântico o sol nasce do mar.

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Um mês depois - Oh! This is going to be another happy day!



Ah! Os dias felizes... Passei a minha noite de sábado em Brooklyn. Fui lá para ver a o Happy Days, do Beckett, e aproveitei e pernoitei num hostelzeco lá perto. Quanto à peça... quem dá tudo, tudo mesmo, é aplaudido de pé. Duas vezes. Basta. E poucos aplausos me saíram tão genuínos. E ainda que os dias parecem, são mesmo todos iguais. E de vez em quando acontece uma coisa que não costuma acontecer, mas isso não deixa de ser igual. E o que vale é que temos as coisas, as nossas coisas, muitas coisas para nos ocuparem os dias. E que no fundo os dias são alegres, woonderfull! Happy Days. ..se quiserem outro tipo de informações, mais institucionais cliquem na imagem pequenina ao vosso lado e/ou visitem http://www.bam.org/events/08DAYS/08DAYS_video.aspx ...também vale a pena




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No dia seguinte, Domingo, fez um mês que estou pela gloriosa américa, que dia feliz! Acordei bem cedo, tomei uma banhoca no hostel e aventurei-me por Brooklyn! Fort Greene Park mostrou-me um hábito que já tinha presenciado no Central Park. Aos Domingos de manhã os cãezinhos de NY saem à rua, vêem mostrar os donos aos amigos ao mesmo tempo que apanham as bolas que eles (os donos) inadvertivamente teimam em atirar para bem longe. São às carradas! Cães e donos. E as bolas são atiradas com um "lançador" de plástico, assim não ficam as mãos (dos donos) sujas com a impetusidade do bobby nem se custa muito lançar a bola para um pouquinho mais longe longe. Woonderfull!






Domingo de manhã é também boa altura para fazer exercício virado de frente para um postal.

ou de costas ....







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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Dia 27 - O Ginásio

O Ginásio daqui do campus fica mesmo ao pé da lavandaria. O que dá jeito, a gente põe a roupa na máquina, detergente, dinheirinho, aquilo fica a rodar e lá se vai para o ginásio. (A lavandaria também tem história mas essa fica para uma próxima.)
Nunca tinha ido a um ginásio. Quer dizer, já tinha entrado e visto e tal, mas nunca tinha usado aquelas aparelhagens e mecanismos e devo-vos dizer que foi tudo somadinho uma experiência sem sal. Cheguei, estavam lá dois marmanjos um a correr desalmado, o outro a subir escadas feito besta. Eu pus-me a olhar, a decidir por onde começar e tal, fui para uma bicicleta... "deve ser bom para aquecer e um pouco de exercicio aeróbico faz sempre bem, com todo este colesterol que ando a emborcar por aqui."

Ali pedalava-se sentado, à patrão, qual costas dobradas, qual Joaquim Azevedo, até havia espaço para o copito, televisão em frente e medidor de pulsação. Carreguei nos botões, apareceu-me uma espécie de cadeia montanhosa e fui em frente... foi uma canseira de 20 minutos.Acabada a pedalagem, meio zonzo do esforço (o mais díficil foi a subir) cambaleei por entre a maquinagem em direcção à porta... fui tomar ar, beber água, e pôr a roupa no secador.

Não me dei por vencido. Voltei, queria fazer uns pesos, ser homem caramba, que isto das bicicletas até as velhotas fazem. Quando entrei já o gajo que corria se tinha posto a milhas e o gajo que subia subia feito desgraçado estava a tentar levantar umas barras de pesos. Bom para ele. Depois de analisar a maquinaria (uma pitada de Sade e muita imaginação... imagino o que não seria para ali!!) decidi-me pelos peitorais. Ah caramba! 24kg... talvez não.. mas 18kg, é o terceiro peso, fogo, este tem de ser! Pimba! 5 vezes... xiça, é melhor mudar, não me quero aleijar.. fui para o segundo... rídiculo, 50 vezes, olhei para o espelho e só me deu para rir... enfim, não vale a pena sermos heróis! Com calma chega-se lá...O outro continuava a tentar levantar aquilo...

Já um pouco farto ainda fui para os pesos. Sempre era familiar, e sabia o que fazer.. levantar, baixar e pronto. 10kg (outra vez o mais pequenino) 50 vezes cada braço, canseira do caraças, beber água, limpar a cara, sair dalí rumo à lavandaria, tirar a roupa do secador, dobrá-la com jeitinho e pôr as camisas no cabide para não amarrotar.
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No fundo os efeitos só se vão ver no futuro. Aquilo é uma chatice, mas o tempo passa e sempre se vai suando as estopinhas. Não dá é para passar a vida só a trabalhar com a cabeça e a partir de agora vou dedicar-me mais ao corpore sano. Pode ser que me ponha a mens sana. Cada vez que tiver que ir à lavandaria paro pelo ginásio. Vou aprender na net quais os exercícios a fazer, quanto tempo, quais as combinações e os músculos exercitados. Hei-de beber cocktails proteicos e injectar esteróides nas virilhas. Quando chegar a Portugal hei-de ser um panzer Russo!!!

E cada vez que sair do ginásio, cada vez mais besta e volumoso, o vapor a exalar do meu pescoço, a bufar-me todo com hálito de testosterona terei sempre à minha espera as camisas para dobrar, com cheirinho a amaciador.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Dia 24 - Uma última espreitadela


A bolinha pequena brilhante é a lua. Ao lado o empire state by night. O empire state é um farol em NY.
Estava na Union Square, 14th street, tinha que chegar à penn station na 34th. Bastou olhar para o fundo e lá estava ele. Depois foi só escolher que avenida subir e abalei sempre em frente, com as compras às costas. Enquanto há força nas pernas (e nos braços que vingam) desdenha-se o subway e percorre-se a cidade a pé.

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Dia 25 - Martin Luther King Day

Ontem, dia 21 de Janeiro foi o dia de Martin Luther King. Deixo-vos com o discurso que toda a gente conhece mas a maior parte de nós nunca deve ter prestado muita atenção. Não nos apercebemos como em 1963 as coisas ainda eram tão diferentes entre brancos e pretos. Enquanto os Beatles andavam a cantar "she loves you yeah yeah yeah" havia uma grave crise racista nos estados do Sul, Mississipi, Georgia, South Carolina, com os negros a continuarem a ser completamente segregados, naquelas coisas rídiculas tipo casas-de-banho só para brancos. 250 mil pessoas marcharam em Washington e Martin Luther King proferiu o famoso discurso "I Have a Dream". Se quiserem passar para a parte conhecida é mais ou menos aos 12.27. Se tiverem pachorra oiçam tudo, com atenção ao público no fundo.


Martin Luther King não era nem republicano nem democrata, não pertencia a um partido, era membro da igreja e apenas isso, não era político de profissão, não pensava em défices no orçamento nem lhe importava o PIB. Não concorreu às primárias, nem às presidenciais nem a nada. Mas vejam só o que conseguiu ele fazer, apenas com 30 e tal anos. Sem precisar de aparelhos de estado, apenas com a sua força, a força da sua fé, da sua vontade, sabendo claramente o que estava mal no seu bairro, sendo o seu bairro toda uma nação. Não se fazem muitos destes. Vêem naturalmente em edição limitada..


Cliquem na foto(não consegui pôr o vídeo aqui. Vai-vos abrir uma página no you-tube)
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Apenas para comparar. Este é sem qualquer dúvida o melhor político no activo em Portugal. Não acham que se calhar este tipo de gente simplesmente não nos serve para nada? Politicozecos no limiar da mediocricidade com os seus partidozecos e outros tarecos. A política a média/larga escala , desprovida de idealismos mete-me um pouco de nojo. Se quiserem, não vejam este até ao fim. Já devem conhecer a lenga lenga de cor.


Cliquem na foto(não consegui pôr o vídeo aqui. Vai-vos abrir uma página no you-tube)

Dia 24: -10ºC em NY

Antes de mais tenho de confessar. O atacou-se-me o consumismo. Estava visto, não iria resistir muito mais, tenho um feitio impulsivo, facilmente propenso a cair no vício e estava-se mesmo a ver, era só uma questão de tempo. Digo isto apenas para justificar que tenha ido a Nova Iorque com o único objectivo de ir às compras no SoHo. Não havia nada para ver no sábado à noite na cidade por isso apenas fui no Domingo de manhã.Acabei por comprar um par de calças, uns ténis e uma camisolita, e voltei para casa o mais depressa possível, por causa dos -10ºC que se faziam sentir, juntamente com a típica "brisa" Nova-Iorquina. Nos entretantos tirei umas fotos que passo a mostrar.
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Estação de Syosset. Ao fundo o Dunkyn' Donuts. Na plataforma A - comboios para NY

Ainda não vos tinha mostrado o Empire State Building. Se formos por uma determinada saída da Penn Station é esta a primeira vista que se tem de New York. Um bom postalito. Depois de toda a confusão das catacumbas da estação fica-se logo com um outro sorriso.Reparem só durante um bocadinho no brilho que escorre por ali abaixo. A luz bate nos prédios envidraçados, um pouco mais vaidosos, e faz ricochete para o outro lado da rua. É um efeito estranho...
Nos USA a liberdade espreita em todas as esquinas! Esta é a terra das oportunidades! God Bless America!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

News in America (Part II)

Estudos científicos ajudam a prevenir tragédias humanas...


Study: Multiple Stab Wounds May Be Harmful To Monkeys

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Breves curiosidades de NY

Deixo-vos com mais algumas fotos que tirei no passado Domingo.
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A loja da Apple. Em vez de ser uma loja só de M&Ms é uma loja só de iPods e iCoisas. Bem ao pé da Tiffany (da canção breakfast in Tiffanys, conhecem, não conhecem?). É um cubo com uma maçã que brilha, e umas escadas que descem para uma cave cheia de iBrinquedos.

Na cave, uma loja cheia de consumidores em hora de ponta à procura do último choque tecnológico da fábrica da maçã. iMaravilhas de última geração!

Aqui, nada de especial. Táxis amarelos e lá ao fundo uma conduta de vapor. É verdade o que se vê nos filmes sobre o fumo a sair dos esgotos. Nas ruas mais movimentadas os serviços de NY colocam umas chaminés laranja para prevenir que os condutores se atrapalhem com o vapor se solta ao nível da estrada. Explicaram-me que este vapor vem do facto de que NY é umas das últimas grandes cidades a ter aquecimento através deste sistema de vapor de água. De vez em quando há umas fugas e como estar a tratar de todas as fugas ao mesmo tempo dá um trabalho desgraçado numa cidade tão grande, a curto prazo põem-se os ditos tubos. Claro que naqueles becos mal-amanhados dos filmes os vapores soltam-se directamente da tampa de esgoto. Nos prédios mais altos basta olhar para o topo e vêem-se umas chaminés também a carpir de volatilidade.

E as excentricidades americanas continuam. O Hummer é o tal super-jipe do exército convertido em automóvel de luxo, campeão em consumo de petroil. Melhor que um Hummer, só mesmo uma limousine Hummer... e melhor ainda... Branca! Chique. Deixem-me só salientar que esta mania das coisas grandes não é só americana. Já em Roterdão tinha visto uma limousine Hummer, mas era preta... não branca. Branca deve dar mais ar de luxo. Aqui em NY hás os táxis amarelos, mas também se pode facilmente alugar uma limousine. Vêem-se às patadas, grandes e há que dizer, um pouco bimbas. Qualquer turista aluga uma limousine com 30 euritos, para experimentar um pouco do status dos Gangsta Rappers...

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Dia 17 - Into the Wild



Acabei a noite ao pé de Colombus Circle, onde tinha começado a noite anterior. Desta vez fui ao cinema, ver "Into the Wild". Não sabia nada do filme, fui especialmente por esta música. Faz-me sentir bem. O filme não é lá grande coisa porque o Sean Penn conseguiu estragar o que dificilmente se estragaria. Acaba por valer a pena pelas paisagens, pelo espírito e pela pela vontade enorme que nos fica de continuarmos a pôr-nos à prova. Sempre. Vale também pela mensagem lamechas do final: "Hapinness is only true when shared." É lamechas, mais que vista e mais que dita, mas não deixa de ser verdade...

(desculpem apenas a estaticidade do "filme", é uma foto que tirei à entrada do cinema. Não costumo usar a máquina para filmar e usei o dabliudabliudabliuyoutubipontocom para pôr a música no blog. Acaba por ser a maneira mais fácil.)

Dia 17 - Central Park

Saí bem cedo do Candy(!) Hostel, (um quarto com 2 beliches só para mim, por 11 euros... luxo), é um bom hábito encontrar Manhattan ainda a bocejar. Atravessei o Central Park de manhãzinha e já estavam os nova-iorquinos num corrupio físico matinal, a suar as estopinhas, o pai, a mãe, o avô, e o carrinho de bebé, todos no seu jogging de domingo de manhã. Mas não é isso que vos mostro. Mostro-vos o Central Park. Nunca pensei que o Central Park fosse como é, uma preciosidade. E uma preciosidade que os Nova Iorquinos de facto merecem, porque o adoptaram na cidade como se não destoasse de tudo o resto... se calhar não destoa e se calhar o verde não tem mesmo de destoar numa grande cidade. Se calhar esta é das coisas mais elementares, e eu apenas a descobri agora. Só faltam os senhores do PDM fazerem a mesma descoberta...
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De manhã, no meio do Central Park, ao pé da 86th Street.

Um pouco mais tarde, depois de sair do MET.

Julguei ter reconhecido um casaco vermelho.

Na ponta mais a Sul do Central Park, na entrada para a real cidade. Lá ao fundo... patinanço.
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Day 17 - De manhã no Metropolitan

Cheguei bem cedo ao Metropolitan Museum of Art. Áquelas horas ainda a história boceja, e todas aquelas coisas preciosas são um pouco só nossas. O Museu é enorme e nem vale a pena descrevê-lo. Vale muito a pena visitá-lo, ser um assíduo, como muitos que por lá encontrei. E com o truque de pagar um dólar apenas, ainda soube melhor. Acabei por sair já de tarde, por volta das 16h, depois de lá passar umas seis horas. Deu para ver muita coisa, mas de certeza vou lá voltar para umas caminhadas matinais.
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Uma foto rara. Conseguem-se contar mais estátuas que pessoas...

Encontrei três ou quatro pessoas como este senhor a ter aulas de desenho. Este senhor estava bastante calmo não obstante o esgar do bicho de mármore defronte dele.

Se quiserem ver o catálogo do Museu - http://www.metmuseum.org/. Não vale a pena mostrar fotografias de quadros,. Era inútil e nunca mais daqui saía. Achei apenas curioso que este senhor sonhasse apenas em Azul...

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Dia 16 - À noite no Lincoln Center

Fui parar ao Lincoln Center porque queria ver alguma coisa de jeito. Acabei no New York City Ballet, a ver um bailado chamado Jewel (!!)de um tal de Balanchine, o fundador do NYCB. Descobri que o Ballet até pode ter coisas positivas, mas acima de tudo, e após ver uma das melhores companhias do mundo, pude finalmente confirmar comigo próprio o que já há muito desconfiava.. não suporto Ballet!! (ou pondo as coisas por outros termos.. Ballet é merda mesmo!) Tirando uns momentos, em que de facto a coisa é mesmo sublime, em que a coisa roça a perfeição do que um corpo pode alcançar, tudo aquilo não passa de uma dança nupcial entre uns quantos pavões e umas quantas flamingas estica-perna, todos com um grande cio e collants apertadas, a saltar mecanicamente de nenúfar em nenúfar. O que vale é que a sala era bonita e as bailarinas aparentavam ser boas moças, a voarem daquela maneira, ligeiramente, ora para um lado...ora para o outro...
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Ao fundo o sítio onde o NYCB apresenta os seus espectáculos durante o Inverno. Atrás fica a Metropolitan Opera e do outro lado da fonte a Philarmonica. O Lincoln Center está cheio destas coisas da cultura.

Mais uma vez, a vertigem da última fila, porque aqui os bilhetes pagam-se caro.

Colombus Circle. Apanhei o metro aqui três vezes por causa dos malditos expressos. É o que mais odeio no metro de NY. Se não nos pomos a pau zzzuuumm queremos parar na 96th e somos levados da 59th para a 125th. Depois, ainda confusos na 125th apanhamos a carruagem errada e lá vamos nós outra vez, da 125th para a 59th , contagem decrescente vertiginosa com direito a ver a 96th passar a todo o gás! Depois já com a cautela bem desperta lá se atina com a linha e chega-se à 96th com o stress à pinha. Claro que com estas brincadeiras o restaurante onde se quer comer já fechou e há que se ir ao MacDonnalds para levar com mais um retrato social. Os Macs aqui estão cheios de personagens... Numa cidade como esta não faz falta grandes dramaturgia. A imaginação serve-se (e sorve-se) directamente pelos olhos.


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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Dia 15 - Dia-a-dia - Labuta

Continuando no registo egocêntrico e conforme prometido, aqui ficam algumas fotos do "local de trabalho". Não é que tenha muito interesse...tem o interesse que tem, pronto, a mais não sou obrigado. Ultimamente tenho trabalhado muito, mais ou menos 12h por dia...mas quem corre por gosto não cansa. Isto é uma visão da coisa. Outra visão é que estou no desterro e francamente não há muito mais para fazer por estas bandas. Para congregar as duas visões, digamos que quem corre por gosto não cansa, e por mais que corresse para outro lado não iria dar a lado nenhum... Por isso prefiro estar por aqui, há café grátis e é quentinho.
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No segundo piso está o hall com o frigorífico a máquina de café, a água, a mesa com os jornais do dia e os infâmes baggels!! Os baggels, esses "pães" judeus, são bons à primeira vez e depois tornam-se insuportáveis se os tivermos de aturar todos os dias. Todos os dias há também fruta fresca e por vezes uns miminhos tipo bolo, sandes e chocolates. Mordomias aparte, este é o local de descanso do pessoal!

Aqui vou à net para escrever estes estúpidos posts sobre sanitas e tal. Faço também análise de dados e leio artigos e como M&Ms a olhar prá edição online da Bola e do Público. Por estas alturas o Luisão andava à pêra com o Katsouranis enquanto o Sócrates desalojava os flamingos do estuário do Tejo com os seus Bóeings de Alcochete. Ao meu lado trabalha a mulher do chefe... Porreiro pá!

E aqui é um dos sítios onde treino os meus ratos a serem eloquentes para depois lhes ler os pensamentos. A quantidade de fios é impressionante não é, e esses ecrâns e botões todos parecem todos muito importantes! É só estilo! Cada coisa destas está ligada a duas grandes caixas onde os ratos são treinados a irem cheirando umas coisas e a decidirem para onde virar a cabecita de forma a poderem beber água. Lá ao fundo podem ver um deles numa caixa à espera da sua vez. Vidas... Qualquer dia ensino-os a cantar Zeca Afonso e a recitar Pessoa. Um pouco de cultura nunca fez mal a ninguém, caramba!

E para acabar em estilo, para não pensarem que aqui é só neurociências e tal, e para mostrar que também há um pouco de arte, aqui fica uma escultura pendurada do tecto pelas escadas abaixo.Chama-se Twisting Dendrites (1999). Catita éin! Pode também ser a langonha assassina ou a revolta do burrié!

E assim acontece... Desculpem apenas as fotos nada artísticas. Se quiserem algum pormenor ampliado ou melhor documentado é favor preencher a requisição. Vemo-nos por aí..

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